CONTO 2 - PART 2 FINAL
- Laiza Machado
- 14 de abr. de 2017
- 6 min de leitura
CONTINUAÇÃO
...Ele me encosta na parede. Ah, me foda. Minhas mãos desceram à sua calça, abrindo o cinto. Já peguei alguns cintos. Aquele tinha um fecho fácil e isso estava me deixando a vontade com aquele rapaz. Deixava sua barba encostar meu rosto e sua língua se fundir com a minha. Abri suas calças e meti as mãos nos bagos. Delícia.
– Vocês serão expulsos se fizerem isso aqui – Caralho! Uma segurança do local mete uma lanterna na nossa cara e interrompe o coito. O pau dele estava duro e eu queria que me fodesse logo. Nem deixo a dona continuar e o tomo pela mão. Arrastando-o pelo bar com as calças abertas. Dane-se. Achei outra parede. Ele me força e beija-me da boca ao pescoço. Fecho os olhos e suas mãos vão ao meu zíper. Quando abre a segurança estava ao lado direito. Nem a deixo falar. Puxo-o para baixo. Agora os dois com as calças arriadas.
– Vamos para fora – o guio. Fecho o zíper. Aquele cara estava me deixando excitada. – Puta que pariu, você é muito gostosa. Te vi quando entrou – falou de novo.
– Achei que você estivesse com namorada.
– Que nada.
– Mano, só me coma. Entra aqui.
– Mas é a Polícia!
– Vem de boa.
– Tem que ver se não tem câmera
– Não tem não. Só vem.
O prédio era da Polícia Civil. Enfim poderíamos dar um pouco de prazer àquele lugar. Encostamos em um vão onde havia algumas tábuas e outros materiais de construção. Era estreito e não passaria ninguém. Ele olhou para cima buscando alguma câmera enquanto abri sua calça. Tirei o pau para fora. O beijei e comecei a masturbá-lo. Ergui sua camisa e lambi seus mamilos. Ele me encosta na parede com força e retira meu short. Mesmo menstruada enfiou a cara na minha boceta. Cristo, ele estava fazendo isso mesmo. Meu clitóris dançava na sua língua e meu corpo se esguia para cima e para baixo enquanto meu quadril rebolava comandado pelo tesão.
– Cara, me coma – insistia. Queria aquele pau em mim – Tem camisinha?
Nem o vejo retirar o pacote e noto seu pau encapuzado. Protegido para entrar em mim.
Viro-me e estico as mãos à parede, empinando a bunda em sua direção. Ele entra em mim. Que delícia! Começo a gemer enquanto ele entra e sai. Me comeria com força. E aquilo me deixava mais molhada.
– Puta que pariu. Você é muito gostosa. Não sei o que fazer contigo – repetia.
– Só me fode – Naquele vai e vem, seu pênis desencaixava de mim e ele pedia desculpas. Achava graça da forma delicada e brusca com que me fodia naqueles escombros.
– Me chupa – pediu.
– Viro-me e retiro a camisinha metendo seu pau na minha boca, enquanto masturbava meu clitóris. Ele suspira. Não sei se foi a bebida, mas aquele pau estava delicioso. Ele empurra minha cabeça. Então goza na minha boca.
– Caralho, você é muito gostosa. – Mano, você que é muito gostoso – e realmente era. Estava ofegante. Ele tinha me cansado. Foder em pé em lugar qualquer não provê nenhum conforto. Mas a adrenalina excitava. Não havia gozado como ele. Então não seria aquela a última foda. O sol nem tinha nascido. Queria mais um coito – Eu só to com sede para caralho.
– Vamos voltar para o bar e aí a gente pega água.
– A gente dá um pulo no banheiro. Toma da torneira mesmo.
– Pode ser.
Saímos de mãos dadas conversando coisa qualquer. Caralho. A foda havia sido boa mesmo. Entramos no bar, corri ao banheiro, deitei sob a pia e tomei água. Ele me esperava na porta. Pegou minha mão e saiu comigo. Olhei o relógio: 5 horas. Disse para irmos a outro lugar e enquanto passávamos a porta encontrei uma das garotas que foi ao bar comigo, sentada na calçada agarrada em um cara.
– AMIGA! – Grita com o sotaque castelhano, chamando atenção de todos.
– Você está aqui, sua puta! – a recebi.
– Miga, pega a chave de casa. Não vou voltar.
– Ah! Vou levar aquele cara para lá, beleza?
– Miga, leve! Aproveite! – Te amo, miga! – E dou um selinho nela. Estávamos bêbadas. Havia cinco dias que estava dormido em sua casa e coroaria a cama acolhida com uma foda. Seria perfeito.
– Mano, minha amiga deu a chave da casa dela. Ela veio do Peru para o Brasil. – Caralho! Vamos fingir que somos do Peru e entrar nesse prédio, como hóspedes.
– Claro que sí!
De mãos dadas e sorrindo, com as roupas sujas se não de sangue de menstruação, de terra, entramos no prédio desdenhando o porteiro e entrando no elevador. Coloco o último andar.
– Já comeu alguém no terraço? – Perturbei sua mente. Ele me beija e fala coisas sobre mim. Não estava interessada em saber, só em ouvir sua voz tranquila e doce, sentir sua boca na minha e sua barba no meu rosto. Nem me dei conta no número de andares que subimos. Ao abrirem-se as portas fui atrás de uma que nos levasse ao terraço. Encontrei-a à esquerda. Ele me segue. Após ela, outra porta e então uma porta pequena. Que exigia um agachamento para ser cruzada.
– Puta que pariu! Caralho! – Adorava aquela sequência de palavrões que saiam de sua boca – Olha isso, mano. Dá uma tirinha muito massa.
– Uma tirinha? Você desenha?
– Eu sou cartunista.
– Porra! Que massa!
– E meu, isso dá uma tirinha muito louca.
– Sim, mano! E, cara, isso aqui é alto pra porra – falo me apoiando na beirada do prédio e vendo os passantes da Augusta como formigas. Olho para trás e o vejo em uma parte superior. Uma escada apoiada na parede levava ao para-raios do prédio. Encontroo ali em cima e ele arranca meu short.
– Puta que pariu, você é muito gostosa – repetia diversas vezes enquanto ofegava, me beijava e me tocava. Logo viro e me apoio em um bloco de concreto. Conseguia ver a rua pequena abaixo, os prédios e o horizonte, que logo receberia raios do sol para dissipar as nuvens. E só pensava que queria gozar ali mesmo enquanto ele me fodia por trás. Já dispensávamos a camisinha e seu pau ficava quente em contato com minha boceta, levando-me ao delírio. Gemia alto como puta que é paga para isso. Nem sabia seu nome, mas isso não estava na lista de prioridaaaaaaaaaaaaaaaaa – vou gozar! Ele se adianta e goza primeiro. Tira o pau com pressa e lança esperma pra baixo. Deus, estava pegando fogo de tesão.
Nos beijávamos como dois pecadores. Mas não nos distanciávamos ao avançar das horas. Pegamos o elevador e passamos pela recepção gargalhando, sem dar satisfação as ovações do porteiro que ficou para trás. Fomos ao metrô, compramos uma Coca-Cola e uma água e descemos na Liberdade.
O sol já aparecia nem tão tímido e conversávamos sobre várias coisas que nem lembro. Eu só o admirava. Ou estava muito bêbada ou realmente era muito lindo. Um pouco dos dois. Não soltei sua mão até a entrada do prédio. Elevador. Sala. Quarto. Cama. Agora sabia seu primeiro nome e ele, o meu. Nos despimos e na dança da cama me dobrou do avesso. Ele era extremamente excitante. Gozou pela terceira vez e deitou-se nu com os braços abertos. Encostei minha cabeça no seu peito. Dei-lhe um beijo e fechei os olhos. Estava quebrada. Só queria dormir. Que fodAS! Pensava comigo em glória.
Foram só três horas de descanso. Logo sinto sua barba no meu pescoço, peito, barriga. Era ele me acordando, já subindo em mim e deixando-me sem reação. Queria aquilo. Cristo, por que não era acordada assim todos os dias? Íamos trepar. Não há lugar em mim que não tenha tocado. Levou-me ao céu. Quarta foda. Gozei. Não sentia minhas pernas e estiquei-me na cama. Ele deitou-se sob mim e mirou meus seios:
– Caralho, olha isso. É muito lindo. Você se olha no espelho e fala o quanto seus seios são lindos?
– Não – respondi após uma pausa, e rindo.
– Sabe de nada – e encosta a cabeça neles. Mexi no seu cabelo.
– Você é lindo.
– Sem barba pareço um bebê.
– Nem deve. É lindo. Gostei de você. Mas eu to indo embora.
– Você não é daqui?
– Sou do Sul. To indo hoje. Será que vou te ver de novo?
– Não sei. Quando vier a São Paulo, vá nas mesmas festas. Deixe a magia acontecer – rio disso – Sabe que eu te vi desde que entrou na festa. Você é linda. E você sabe que é linda. Só uma mulher que sabe que é linda abre mão do cabelo – estava fascinada por sua voz, cabelos, barba e jeito. Deitado sob meus peitos estava eu no melhor lugar para um domingo de manhã. Ele falava sobre fazer a tirinha. Elogiava minhas tatuagens. Citava desenhistas. Mas eu só prestava atenção na sua boca se movimentando e no castanho do seu olho. Não estava só bêbada. Ele realmente era lindo.
Ao meio-dia, alcanço-lhe um copo de água. Ele veste-se. Nega um banho e vai embora.
Nunca mais o veria. Mas as fodas boas começam e terminam assim.
Agora, só queria saber que porra cor-de-rosa era aquela que eu bebia.
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