CONTO 06 - COMPLETO
- Laiza Machado
- 26 de abr. de 2017
- 7 min de leitura
Seu andar era tranquilo, ele passava a mão nos baixos fios castanhos sem muita preocupação. Notei que ele tinha o braço direito cheio de tatuagens, desenhos que desciam até a sua mão.
Respirei fundo enquanto ele puxava uma cadeira e sentava do meu lado.
– E aí, Júlio? – Ele estendeu a mão e cumprimentou meu colega de banda com um toque. Depois cumprimentou as outras pessoas ao redor da mesa até chegar em mim – que ele justamente deixou por último. Percebi o quão animado seus olhos verdes estavam em estar em um ambiente como aquele, ele estava entre amigos e sabia muito bem disso.
– Ah, você que é a Mia? – Ele disse me encarando enquanto eu estendia a mão e ao invés de cumprimentar normalmente com um aperto de mãos, como ele fez com todo mundo ao redor da mesa, ele simplesmente beijou a minha mão enquanto mantinha aquelas duas esmeraldas fixas nos meus olhos.
– Rainha Amelia I ao seu dispor. – Eu sempre fazia essa brincadeira quando me apresentavam por conta da banda. Assim que ele tirou aqueles lábios de cima da minha mão, vi seu sorriso levemente provocante, seus olhos pareciam mais cerrados, como se ele tivesse interessado em algo que eu havia dito, apenas sorri de lado e virei levemente a minha cabeça.
Era bom quando alguém entendia o que você queria
– É um grande prazer estar mediante de uma nobre tão importante e tão bonita. – Eu queria mostrar a ele que eu o desejava, mas não iria me entregar tão fácil, eu gostava de brincar, jogar, encantar… Depois eu decidia o que queria fazer. Não era uma atitude que eu me orgulhava, mas me divertia bastante
– Você é o Matheus, não é? – Perguntei, voltando àquela mesma posição que estava enquanto ele cantava, encostada na cadeira, com a mão tocando levemente meus lábios. Ele parecia até ter interesse em mim porque seus olhos se mantinham bastante fixos nos meus.
– Sou sim. Gostou da apresentação? – Ele disse apontando levemente para o palco com a cabeça, mas, mesmo assim, seus olhos ainda permaneciam fixos nos meus. Olhei para os seus pés, havia aprendido com um colega, que era psicólogo jurídico, um pouco de linguagem corporal e uma das coisas mais úteis que eu havia aprendido era o lance dos pés. A ponta do pé da pessoa está sempre virado para seu objeto de atenção ou desejo. E não errei nisso, seus pés estavam virados em direção a mim.
– Putz, muito boa… Você tem uma coisa quando canta… – fiz um gesto enquanto falava, dei um olhar tentando demonstrar intensidade. E ele sorriu, enquanto parecia encantado com a forma em que eu demonstrava interesse.
– Agora quero ver você cantar. – Ele disse com um sorrisinho malandro nos lábios enquanto cruzava os braços e encostava na cadeira movendo o corpo para o lado levemente, como se tivesse me imitando.
– Putz, minha banda só tem show daqui a duas semanas. – Disse, como se tivesse um pouco chateada por não poder cantar para ele naquele momento. Ele apenas soltou um leve sorriso de lado e deu de ombros.
– Se eu não tiver plantão eu vou… – Fiz uma cara meio chateada, imaginando que se ele tivesse plantão ele teria que esperar até o mês seguinte, porque nossa agenda de shows estava bem parada, afinal, a banda era mais hobby do que trabalho. … Mas se eu tiver eu desmarco.
– Estou com essa moral toda? – Perguntei lançando um olhar afetado para ele. Aquela pergunta era de certa forma uma cantada, a resposta dela apenas confirmaria o que eu procurava saber
O que, de certa forma, era uma surpresa de que, apesar de todos esses anos, eu ainda sabia como cantar as pessoas muito bem. Era como se eu tivesse uma facilidade normal, uma espécie de instinto de sobrevivência.
– Quem sabe? – Ele deu um sorriso de lado e se levantou, indo em direção ao bar para pedir uma cerveja. Eu, de certa forma sabia que estava com a noite ganha naquele momento.
***
Matheus entrou no apartamento e ia ligar a luz. Coloquei a minha mão na frente naquele momento. Não queria que ele ligasse a iluminação. Ele não falou nada, apenas me pegou pela cintura com uma força surpreendente senti perfeitamente enquanto ele me pressionava contra a parede, segurando meus pulsos paralelos um ao outro ao lado da minha cabeça.
Sua boca correu em direção ao meu pescoço enquanto sua mão segurou firmemente meu seio direito. Seus lábios corriam por todo meu pescoço, chupavam, mordiam ou apenas arrastavam por aquela extensão sem dizer nada. Em resposta meu corpo se arrepiou e deixou que um gemido saísse de meu lábio. A outra mão que estava livre soltou meu pulso e agarrou nos meus cabelos.
Eu não conseguia acreditar no que eu mesma estava fazendo, mas acreditava no fato de ser necessário. Nenhum de nós dois estava enganando o outro. Éramos dois adultos bem sucedidos, que sabíamos perfeitamente o que estávamos fazendo. Eu não quis negar o quando ele me chamou para ir para o apartamento dele, eu sabia perfeitamente o que ele queria e eu sabia que eu estava desejando a mesma coisa.
Só sexo. Talvez o melhor da minha vida.
– Está com vergonha do seu corpo? – Ele perguntou, se afastando um pouco do meu corpo, com sua palma da mão em meu rosto, me olhando com aqueles olhos verdes exalando desejo, sua expressão me passava uma impressão de que ele era mau e que ele iria fazer coisas terríveis comigo. Isso só aumentava minha excitação
– Não. Longe de mim isso… – Minha palma da mão correu em direção a aquela barba, acariciando aquele pelo castanho macio enquanto minha mão corria até a sua nuca, meus olhos permaneciam fixos nos dele. Eu sentia minha intimidade ficar em chamas com a presença daquele homem. Era impossível ignorar. – Mas eu gostei da penumbra…
O apartamento dele não tinha sacada, só um vidro enorme que mostrava o centro da cidade, que estava bastante iluminado, apesar de já ter passado das 3 da manhã. Matheus sorriu para mim, deu de ombros de lado e me pegou pela mão, me levando até o sofá enquanto tirava minha blusa.
Suas duas mãos atacaram meus seios enquanto eu jogava a cabeça para trás e sentia sua boca acompanhar suas mãos enquanto ele descia até meus seios, colocando seus lábios entre aquele espaço correndo até a auréola direita enquanto tirava o sutiã.
Ele estava aparentemente ansioso e eu também. Estava sentindo a vontade transbordar meu corpo, me deixando enlouquecida de desejo. Sua boca parecia estar ansiosa pelos meus seios. Ele sugava meu mamilo enquanto eu apenas observava a situação. Aquela carícia era leve, mas extremamente maravilhosa.
Eu sentia meu corpo inteiro se arrepiar, meus dedos correram até seus cabelos e puxaram a pouca quantidade de puderam daqueles cabelos baixos. Ele olhou para mim, não consegui prender o sorriso.
Virei meu corpo numa manobra que eu cheguei a me questionar de como estava acontecendo. Resolvi não me perguntar muita coisa, apenas dei uma mordida de leve em seu pescoço enquanto minhas mãos desciam por seu abdome, ainda vestido, e ia até a barra de sua camisa, tirando-a sem querer perder meu tempo com aquilo.
Minha boca correu por seu corpo, ora beijando, ora dando leve chupões, ora mordendo. Eu queria aquilo e queria naquele momento. Minha mão apressava o resto de todas as situações eu já estava abaixando sua calça jeans sem nem pensar duas vezes. Eu simplesmente o desejava e não sobravam dúvidas.
Abaixei sua calça junto com a cueca, como quem estava ansioso para comer um prato que o deixava com fome. Eu tinha pressa, tinha vontade, tinha ansiedade e tudo mais o que estivesse passando em minha mente.
Peguei em seu pau e me ajoelhei. Matheus me olhava de cima, apenas esperando o próximo passo que eu iria tomar. Acariciei seu membro lentamente, indo de cima para baixo enquanto o observava gemer.
– Por favor… – Ele implorava. – Eu gosto disso.
Acabei indo com a boca diretamente em seu membro sem pensar duas vezes, envolvoo pelo topo e depois vou engolindo tudo com calma, até o final, que é quando ele geme e pede por mais.
Aquilo funciona quase que como um estímulo para mim, é nesse momento que me pego gostando, o som que saia de sua boca era uma espécie de gemido, eu estava dando prazer para ele, eu estava quase nua na frente dele, e estava à vontade com isso.
Resolvi não pensar em mais nada, quando suas mãos me puxaram para cima e me prenderam novamente contra a parede, dessa vez eu que o peguei e joguei no sofá, que estava próximo de nós.
Ele tira minha roupa com facilidade e me encara nos olhos com profundidade. Estremeço. Seu olhar é magnético e seu toque pega fogo.
Mateus brinca com meu corpo enquanto se direciona entre as minhas pernas e acaricia minhas coxas, passando a mão por dentro, mas sem tocar em minha intimidade. Apenas sentindo o toque do interior das minhas pernas e me fazendo estremecer.
– Termina logo com isso. – Digo, já levemente irritada com suas brincadeiras. Matheus solta uma risada pelo nariz e afunda seu rosto dentro de mim, sem dizer mais nada. Apenas tocando minha vulva com a língua.
Gemi. Gemi alto.
Enquanto sentia seu toque molhado passando por todo meu clitóris eu me desmanchava na cama, empurrando seu rosto e o puxando mais para dentro de mim. Aquele toque era irresistível.
Eu me contorcia enquanto sua língua dançava por mim, não conseguia sequer ame aguentar, tanto que acabei gozando em sua boca. E ele percebeu.
Mediante a cena ele se levantou e foi até o banheiro buscar as camisinhas, enquanto isso eu fiquei lá, zonza, cansada, porém ao mesmo tempo querendo mais. Ele era irresistível.
– Então a rainha será fodida pelo plebeu… – Ele brincou enquanto se aproximava de mim lentamente, como um animal espreitando.
– Deve ser uma honra para você. – Digo, ainda com a voz ofegante.
– Eu vou fazer valer a pena. Fique de quatro. – Aquilo foi uma ordem e eu adorei ser ordenada.
Fiquei de quatro e empinei minha bunda em direção a ele, levantando bem alto para que ele pudesse me comer melhor. Ele gostou, tanto que sorriu. Aquele sorriso me motivou, rebolei levemente minha bunda e ele deu um tapa nela, antes de entrar com toda sua extensão dentro de mim.
Seus movimentos eram rápidos e concisos ele estava claramente desejando muito foder alguém, e por sorte fui eu.
Ele puxa meu cabelo, segura firme em minha cintura e agarra minha bunda. Era tudo o que eu queria para uma noite perfeita.
Acabo gozando de novo durante a penetração, e ele vem logo depois.
Acabamos a noite dormindo juntos abraçados no sofá.
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